segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Defesa vai pedir exame de sanidade mental de acusado de homicídio da esposa e filha


A defesa de Marcelo Barbarena Moraes, acusado de matar a esposa, Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, e a filha de 8 meses, Jade Pessoa de Carvalho Moraes, vai requerer um exame de sanidade mental. O advogado de defesa, Flávio Jacinto, pretende utilizar o laudo como prova técnica no julgamento do gerente de loja.

Marcelo foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) pelo duplo homicídio triplamente qualificado da esposa, Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, 38, e da filha do casal, Jade Pessoa de Carvalho Moraes, de oito meses, que aconteceu no mês passado.

O acusado participou, entre a noite de sábado (12/9) e a madrugada de ontem (14/09), de uma segunda reconstituição do crime, que aconteceu no dia 23 de agosto em Paracuru, no Litoral Oeste. O irmão dele, Rafael Moraes, que é médico em Porto Alegre e estava na casa de veraneio no dia do crime, e a esposa de Rafael, Ana Carolina Vilas Boas, também participaram da reconstituição.

O advogado de defesa declara que o laudo a partir dos exames de saúde vai constituir uma nova prova técnica. “Em uma tragédia como essa não se pode acreditar que a pessoa esteja no domínio das suas faculdades mentais”, afirmou.

Reconstituição
A simulação durou cerca de quatro horas e pelo menos seis disparos foram efetuados dentro da residência pela perícia. Enquanto isso, o Comando Tático Motorizado (Cotar) realizava o isolamento da casa e afastava os curiosos, que gritavam “assassino”.
Quem passava no primeiro portão da casa se deparava com uma faixa com a frase “Teu crime foi um massacre de famílias”. Após o crime, Marcelo teria adormecido e, ao acordar, ido ao quarto da esposa e a acariciado. “Hoje ele lembrou de alguns momentos que até agora não tinha revelado”, disse Jacinto.

O advogado da família das vítimas, Leandro Vasques, afirmou que Marcelo tentou simular que houve uma invasão na residência, mas não conseguiu sustentar sua versão. “Ele se viu forçado a confessar o crime”, afirmou.

A diretora da DHPP, Socorro Portela, declarou que foi uma investigação complexa, mas que ficou claro que Adriana estava dormindo quando foram efetuados os disparos e que Ana Carolina ouviu os dois tiros, chegando a descer as escadas e encontrado Marcelo na sala. Em 30 dias, laudo da reconstituição deve ser encaminhado ao poder judiciário para ser anexado aos autos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário